No programa, que integra a grade de verão do canal e estreia quinta-feira, às 22h30m, Tatá Werneck e Paulinho Serra bebem da fonte do “Trolalá” — atração comandada pela dupla na emissora — e levam para o palco, montado na areia, o que há de melhor na arte da trolagem (aprontar, criticar de forma engraçada). Cariocas, eles garantem: aprenderam a trolar no Rio.
— Aprendi tudo com meus amigos cariocas, fui expulsa de escolas aqui do Rio... — relembra Tatá, prestigiada por tias e primos na plateia. — Gravar no Rio é estar em casa, com os amigos. Hoje de manhã fui me maquiar e minha mãe estava lá, me filmando.
Como no “Trolalá”, vale quase tudo em cena. Como Tatá explica, o “Tá quente” é uma espécie de “‘Programa do Gugu’, sem o mesmo orçamento, sem o cenário e sem as pessoas caretas”. O difícil, no entanto, é conseguir entreter sem o conforto do estúdio. Principalmente, sem aquele friozinho do ar-condicionado.
— O bom é que podemos tapear o calor da forma que a gente bem entender. Vale entrar debaixo do chuveiro, jogar balde de água na cabeça — exemplifica Paulinho, contando que ele e Tatá passaram por experiência semelhante com as gravações do “Quinta categoria” na praia: — E foi até mais difícil porque era tudo na base do improviso. A verdade é que a gente não pode parar para pensar, sabe? Até porque, quando paramos, as pessoas começam a olhar celular, ver e-mail, paquerar. E não queremos essa esfriada.
Nessa primeira gravação, os convidados eram exemplares típicos da cidade: Renata Frisson, vulgo Mulher Melão; MC Koringa, do funk “Dança sensual”, da trilha de “Salve Jorge”; e os rapazes Caio Côrrea e Diego Miranda, da banda Scracho. E, claro, até eles tiveram que entrar na dança. Literalmente: rebolar no funk como Melão — que é dançarina e cantora — está entre as provas. Improvisar rimas politicamente incorretas também. A cada gracinha de Tatá e Paulinho, que não perdoam nada nem ninguém, a plateia vai ao delírio.
— Paulinho, seu lindoooo. Tatá, sua gostosaaa — gritam os fãs, que topam, sem titubear, propostas como entrar na piscina, passar o programa todo enterrados em buracos na areia ou fazendo esculturas. O ponto eletrônico, Paulinho comenta, serve apenas para indicar a ordem das provas. O resto, ele garante, vem na hora:
— Fico com vergonha de ver o programa depois. Mas não rola censura. Nossa formação é de ator e aprendemos que o ridículo é o diferencial do artista.
Para Tatá, a liberdade é essencial para que eles ponham em prática todo esse know-how:
— A MTV nos deixa fazer o que quisermos. E mais: pede que façamos um programa diferente de tudo que há por aí.
Essa tal liberdade, ela afirma, tem sido o motivo de ainda não ter aceitado nenhuma das propostas que teve para deixar a emissora neste ano. O contrato termina em 31 de janeiro. E Tatá jura que ainda não decidiu seu destino:
— Já passei pelo momento de estar certa que iria sair, mas a MTV tem peso 30. Todo ano recebo convites e sempre decido ficar. Em qualquer outro lugar não terei o que tenho aqui. Comprei até um pêndulo para ajudar na minha decisão. Penso nisso todos os dias.
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